segunda-feira, 22 de março de 2010

Liga-se ou ligasse?


LIGA-SE
 - Esta máquina liga-se sozinha, não te parece estranho? 
(a máquina realiza sozinha a acção de se ligar a si própria)
- Em Portugal, liga-se muito à aparência de cada um. 
(um sujeito incerto liga muito a...)

Os exemplos com "liga-se" mostram-nos que o "-se" é de novo do pronome reflexo da 3ª pessoa do singular. Ora, os pronomes são sempre separados do verbo por hífen. Trata-se da forma reflexa do Presente do Indicativo. Portanto, a acção reflecte algo que acontece efectivamente no tempo presente.


LIGASSE
 - Ele disse que se eu ligasse aqui esta ficha, rebentavam os fusíveis. 
(acção pendente - ainda não ligou)
- A minha mãe queria que eu ligasse mais à aparência. 
(acção pendente - ainda não liga)

Os exemplos com "ligasse" são frequentemente precedidos das conjunções "que" ou "se" e reflectem acções desejadas, mas sobre as quais existe dúvida, que estão pendentes. A acção ainda não se realizou.
Trata-se do Pretérito Imperfeito do Conjuntivo, pelo que os dois ésses servem como marca desse tempo e modo.

Concluindo:

1. Se escrevemos uma frase com um verbo que reflecte uma acção não realizada, ou seja, não acabada (modo conjuntivo), usamos "ligasse, quisesse, fizesse, soubesse".

2. Se escrevemos "se", como em "liga-se, soube-se, fez-se, quis-se" estamos a usar um verbo no Presente.

Se não expliquei bem, por favor façam-me mais perguntas.

Alunos "altamente", 3

domingo, 21 de março de 2010

Alunos "altamente", 3

André Olivença tentando obrigar André Henriques a portar-se bem nas aulas.

Outra foto do Riscas


É mesmo fotogénico este bichaninho.

Riscas amarelas


O Riscas tem uma dona que gosta de tirar boas notas e falar muito. É a Ana Catarina do 9º 4. 
O Riscas tem dois anos, e adora dormir com a dona  e passear-se na sua varanda
 Citando a própria Catarina, ele "come da mão da Carol e adora intimidar as pessoas. É  um gatinho ciumento que ataca qualquer outro gato que se meta no caminho dele."
Portanto, protejam os vossos gatos deste verdadeiro lince de Almada. 

Chamas-te ou chamaste?

Como eliminar esta confusão?

Na frase "Chegaste muito tarde ontem", o "te" é uma marca do Pretérito Perfeito do Indicativo, portanto faz parte do verbo e não se pode se pode separar. Escrevemos assim sempre que pretendemos exprimir uma acção passada, acabada.

Outros exemplos:
- Já lavaste o carro?
- Amaste aquele homem, Isabela, mas agora já não amas, Deus seja louvado!
- Arranjaste uma linda maneira de teres de ir a tribunal.

Na frase “Chegas-te demasiado perto da água e podes molhar-te”, a forma “chegas-te” escreve-se com hífen para separar “chegas” do pronome pessoal reflexo "-te". É a forma reflexa do Presente do Indicativo. A acção de chegar reflecte-se sobre o próprio sujeito, o "tu".
No caso desta frase, o que se está a dizer é algo como "chegas o teu próprio corpo demasiado perto da água..."

Outros exemplos:
- Lavas-te demasiado e isso estraga a pele.
- Tu amas-te como Narciso - não queres saber de mais ninguém.
- Tu arranjas-te tão bem!

Concluindo:
1. Chegaste - acção acabada, passada.
2. Chegas-te - Acção presente quue se reflecte sobre quem a pratica - o "tu".

Espero ter sido clara, mas se precisarem de esclarecimentos adicionais contactem-me pela via que preferirem.

Alunos e professora "altamente"

Da esquerda para a direita: professora de Francês, Pedro Delgado, Francisco

O Francisco tinha acabado de dizer ao Pedro Delgado,"a partir de agora vou tornar-me um aluno bem comportado, como tu, e deixar de usar este maldito capuchinho que só me faz calor na cabeça, e tudo..."

sábado, 20 de março de 2010

Alunos "altamente", 2

(Atrás)Pedro Costa, André Henriques, André Olivença, Ricardo, Francisco,  Daniel. (À frente) Ricardo.

Parece-me que esta tenha sido a visita de estudo à Futurália. 
Os alunos parecem estar todos a dizer, "Professora, adoramos fazer trabalhos de casa. Marque-nos mais trabalhos, por favor."

Um cão chamado Beethoven


Este é Beethoven, o cãozinho do Rubel Leal do 9º4. Nesta altura o Bethoven tinha apenas três meses, mas agora já fez dois anos
O Ruben tem o Beethoven solto no terraço,  e é ele quem o leva à rua. Toda a família trata do cão: pai, mãe, irmã e o próprio Ruben.     
Às vezes o Beethoven tem ordem para entrar em casa e aí dormir, mas isso não acontece muitas vezes, porque o irmão mais novo do Ruben é alérgico aos pêlos de gato e cão, e os animais, já se sabe, deixam cair muitos.

Aproveitar a juventude

 

A bd Calvin e Hobbes é uma das minhas favoritas. Lembro-me frequentemente das pranchas em que Calvin se levanta da cama a contragosto, vai para a escola a chover, atura a professora e a matéria, blá, blá, blá, é assaltado pelos mafiosos do costume, cai, magoa-se, as suas malfeitorias não acertam o alvo, as boas intenções muito menos, e ao regressar a casa é obrigado a fazer os trabalhos de casa e a comer uma "porcaria qualquer verde;" não o deixam ver televisão e mandam-no para a cama com a certeza de que no dia seguinte começará a mesma desgraça de novo, outra, outra vez.

Há várias pranchas deste género. Há uma em que depois do martírio diário, quando Calvin abre a porta de casa, Hobbes atira-se a ele, dando-lhe um grande abraço peludo, funcionando essa amizade única como um lenitivo para a vida dura daquele dia e de todos. A mãe pergunta-lhe, como correu o dia, e o miúdo responde-lhe que está a melhorar.
Sinto-me muitas vezes assim quando chego a casa e as minhas cadelas me recebem exuberantemente. A vida pode ser difícil, mas a recepção das minhas cadelas melhora-a. 

Identifico-me muito com o Calvin. Também não tenho mau coração, mas podia ser ainda melhor, detesto que me mandem fazer o que não gosto, tenho um verdadeiro horror à obediência cega por regras que não compreenda, etc., etc. 

Esta é a prancha de BD relativa à sondagem lá de cima. Com qual dos meus alunos  se parece Calvin?



E mais, tal como o Calvin, não compreendo os adultos. Quando era pequena achava que nunca seria capaz de ser adulta, como os meus pais, de ser como os outros eram, que não seria capaz de fazer o que os outros fazem, que a vida era uma prisão da acção e da imaginação. Depois de me tornar adulta descobri que estava cheia de razão: nunca conseguirei ser adulta como os meus pais foram; não sou capaz de fazer, sem custos graves para a minha saúde, o que os outros fazem sem pensar, e a vida é, a maior parte do tempo, uma prisão da acção e da imaginação. Portanto, meus amigos, há que viver a adolescência e a juventude e aproveitar o que tem de bom.



quinta-feira, 18 de março de 2010

Querem ser bloguistas?

Se alguém quiser participar no blogue, publicando os seus textos e poemas, deixe aqui comentário ou escreva-me para que eu possa enviar convite de participação.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Blogue privado

Enviei neste momento convites de leitura aos alunos das minha turma. Se aceitaram, estarão neste momento a ler esta mensagem.
O blogue passa agora a poder ser lido apenas pelos meus alunos e não por outras pessoas.
Se alguém não recebeu o convite, agradeço que me escreva e peça para eu o enviar.